domingo, 2 de julho de 2017

E do barro nasceu São Sebastião.

E no lugar de barro, argila, fazendas, do rio São Bartolomeu e uma extensa vegetação de cerrado e rodeada de morros, nasceu  uma cidade, fruto da luta de trabalhadores e trabalhadoras oleiras e alavancada por um humilde oleiro que retirava areia do córrego do rio. Seu Sebastião Areia, que merecidamente teve seu nome como influência para se escolher o nome dessa cidade.
E dos sonhos de muitos Sebastiões, Marias,  Josés, Joanas, mineiros, goianos e nordestinos, essa cidade nasceu e hoje é uma das cidades que mais cresce em todo o Distrito Federal. Cidade celeiro de artistas e atletas e que vem alcançando cada dia mais seu espaço no território do DF, mas ainda necessita de muita melhora em sua infraestrutura e qualidade de vida.
Hoje, São Sebastião completa 24 anos de Região Administrativa, mas sua história vem muito antes disso. Vem das fazendas principais que faziam parte dessa região, que eram elas: Fazenda Papupa, Fazenda Taboquinha e  Cachoeirinha. Já teve nome de  colônia agrícola Papupa, Agrovila e hoje RA, São Sebas como é conhecida pelos “íntimos, ainda guarda muitas histórias e memórias que precisam ser valorizadas e divulgadas.
Muitos que começaram a história dessa cidade, ainda estão vivos e participando ativamente da vida da cidade, são respeitados e lembrados de sua importância, são os “Guardiões de Memória” que com muita sabedoria, guardam em suas mentes e corações a história da cidade.
 São Sebastião ainda precisa ser olhada com mais atenção pelo Estado, pois ainda há um rápido desenvolvimento desorganizado e muitas vezes advindo de grilagem de terras, por senhores aproveitadores e muitos deles exercem um negativo poder de influência na cidade. Há também um número grande de jovens que não têm muitas opções de lazer, aumentando consideravelmente o  envolvimento com o crime e que consequentemente acabam mortos ou presos.  As ruas da cidade ainda estão repletas de buracos, e a sinalização e iluminação ainda são precárias. Ainda não tem um centro cultural público, com salas de cinema e teatro, na maioria das vezes, essas atividades são oferecidas pelos grupos culturais e sociais da cidade. É preciso acreditar no potencial que essa cidade tem a oferecer, principalmente o potencial cultural, turístico e esportivo, mas para isso é necessário investimento.
Em compensação, São Sebastião é um das cidades com mais grupos culturais e sociais organizados, com um Fórum de Entidades Sociais  super ativo e exemplo em todo o DF, temos grupos culturais e casas de culturas alternativas. Além do  mais, a cidade é repleta de atletas e artistas que brilham e levam o nome da cidade pra longe.
À nossa amada São Sebastião, desejamos todo amor do mundo e nosso agradecimento por acolher todo esse povo lutador, artista, atleta, trabalhadores e trabalhadores que criam a identidade dessa cidade, fazendo que ela seja viva e pulsante.
“Sou Olaria, sou Agrovila
Sou São Sebastião.
           Quebrada, periferia, revolução”

KARLINHA RAMALHO


PARABÉNS, SÃO SEBASTIÃO!

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